O governador Eduardo Campos autorizou na tarde de ontem (04/06), a
construção da Adutora do Agreste, o maior sistema de abastecimento de água
integrado da América Latina em uma grande solenidade realizada em Pesqueira e
que contou com participação maciça de lideranças políticas de todo o Estado.
Este grandioso empreendimento terá um investimento de R$ 2,3 bilhões,
com recursos dos governos federal e estadual. A assinatura da Ordem de Serviço
aconteceu durante a abertura da I Conferência Estadual de Políticas Públicas
para a Convivência com o Semiárido.
Para Eduardo, essa é uma obra que vai marcar o Estado para sempre.
"Durante muito tempo, não tivemos um planejamento para o abastecimento da
água. Agora, estamos trabalhando de forma integrada", destacou o
governador, ressaltando que a adutora, quando entregue, vai beneficiar dois
milhões de pernambucanos. O equipamento, que irá transportar água do rio São
Francisco, por meio do Eixo Leste do Ramal do Agreste, terá 1,3 mil quilômetros
de tubulações e atenderá a 68 municípios e 80 distritos e povoados.
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, enfatizou
destacou a parceria entre os governos federal e estadual que têm viabilizado as
obras. "Essa adutora vai mudar a história econômica do Agreste, pois sem
água não há desenvolvimento", disse o ministro.
Para o presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa),
Roberto Tavares, que detalhou o projeto e garantiu que essa obra é o maior
investimento do órgão. "Essa é uma visão de um governo que olha para a
população carente", completou, enfatizando que a adutora será entregue em
24 meses.
Já o secretário de Recursos Hídricos, Almir Cirilo, recordou que,
ainda na gestão do ex-governador Miguel Arraes, participou do debate sobre a
possibilidade da transposição. "Na época, havia alguma incerteza quanto
aos benefícios do projeto. Após algumas conversas, chegamos à conclusão de que
a solução seria a construção do Eixo Leste do Ramal do Agreste, pois só assim
Pernambuco seria beneficiado", explicou o secretário. Cirilo ressaltou que
o Estado também investe em diversas obras imediatas. "O edital da Adutora
de Arcoverde já foi lançado e a população vai aproveitar desse empreendimento
em apenas oito meses", adiantou.
Para o prefeito Evilásio Araújo que esteve acompanhado do secretário
de Articulação Zeca Coelho na solenidade esta obra vai contribuir muito para o
desenvolvimento de Pernambuco. “Com o início desta obra agora é questão de
tempo para termos o abastecimento de água em nosso município atendido em sua
plenitude. Ações como essa só evidenciam a visão de futuro do nosso Governador
que interiorizou o desenvolvimento e é um exemplo a ser seguido por todos nós
gestores municipais”, declarou o Prefeito da Dália da Serra.
O governador também revelou que já foi autorizado um financiamento
pelo Banco Mundial de R$ 60 milhões para viabilizar a topografia do estado.
"Vamos utilizar um método a laser, que vai nos permitir mais agilidade na
coleta de informações", afirmou Eduardo, garantindo que a medição será
finalizada até 2014.
Eduardo explicou que o trabalho de melhorar o abastecimento de água no
Estado é muito mais complexo, pois não se trata apenas da construção de
barragens e adutoras, mas também a requalificação dos sistemas já existentes.
"Nós estamos fazendo um investimento de mais de R$ 200 milhões para
substituir a tubulação antiga e também encontrar soluções para resolver esse
impasse do abastecimento de água", disse o governador.
PLANO DE CONVIVÊNCIA COM A SECA
- Para minimizar os efeitos da estiagem e planejar um futuro mais tranqüilo, o
governador Eduardo Campos organizou o Plano de Convivência com a Seca, um projeto
que vai reunir as necessidades das regiões mais afetadas com as mudanças
climáticas. "Tenho muita fé de que essa conferência vai nos munir de
informações que dar mais eficiência ao processo", disse o governador.
Ao todo, Pernambuco terá nove Conferências Regionais, sendo uma por
Região de Desenvolvimento - Sertões do Araripe, do São Francisco, Central, de
Itaparica, do Moxotó, do Pajeú e do Agreste Central, Setentrional e Meridional.
"A proposta dessas conferências é subsidiar os municípios na elaboração
dos Planos Municipais de Convivência com o Semiárido, culminando com a
Conferência Estadual, em novembro", explicou o secretário de Agricultura e
Reforma Agrária, Aldo Santos.