Esta acontecendo hoje
(17) na sede do Governo Municipal mais uma capacitação voltada para os agentes comunitários
de saúde, enfermeiros, fisioterapeutas e alguns médicos lotados na Secretária
de saúde e Meio Ambiente com a temática hanseníase.
As palestras estão
sendo ministradas pela enfermeira sanitarista Ivaneide Moraes e o
Infectologista Ailton Romero e tem como proposta prioritária capacitar os
profissionais para diagnosticar a doença precocemente.
“A Hanseníase é uma
doença de alta complexidade, mas de fácil diagnóstico. A nossa proposta é que consigamos
detectar rapidamente os sintomas da doença nos pacientes para logo
encaminha-los para o tratamento”, completou a enfermeira sanitarista Ivaneide
Moraes.
Saiba mais:
A hanseníase, conhecida
oficialmente por este nome desde 1976, é uma das doenças mais antigas na
história da medicina. É causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae:
um parasita que ataca a pele e nervos periféricos, mas pode afetar outros
órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Não é, portanto, hereditária.
Com período de
incubação que varia entre três e cinco anos, sua primeira manifestação consiste
no aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em
qualquer região do corpo. Placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e dor nas
articulações podem ser outros sintomas.
Com o avanço da doença,
o número de manchas ou o tamanho das já existentes aumenta e os nervos ficam
comprometidos, podendo causar deformações em regiões, como nariz e dedos, e
impedir determinados movimentos, como abrir e fechar as mãos. Além disso, pode permitir
que determinados acidentes ocorram em razão da falta de sensibilidade nessas
regiões.
O diagnóstico consiste,
principalmente, na avaliação clínica: aplicação de testes de sensibilidade,
força motora e palpação dos nervos dos braços, pernas e olhos. Exames
laboratoriais, como biópsia, podem ser necessários.
O tratamento e
distribuição de remédios são gratuitos e, ao contrário do que muitas pessoas
podem pensar, em face do estigma que esta doença tem, não é necessário o
isolamento do paciente. Aliás, a presença de amigos e familiares é fundamental para
sua cura.
Durante este tempo, o
hanseniano pode desenvolver suas atividades normais, sem restrições.
Entretanto, reações adversas ao medicamento podem ocorrer e, nestes casos, é
necessário buscar auxílio médico.