Apitos, penas, chocalhos, metais, estandartes, tamborins, cornetas,
danças, alegria. Não há lista de palavras que descreva a ação de um cortejo de
manifestações populares. Foi com esta festa, que tirou a população de suas
casas e levou todos às ruas, que o Festival Pernambuco Nação Cultural
despediu-se de Taquaritinga do Norte, no último domingo.
O cortejo se concentrou no Ginásio Experimental e, de lá, seguiu seu
desfile de cores, músicas e danças com os bois Pavão, Boi Dourado de Limoeiro,
Boi leão, Boi Carinhoso, Boi da Cara Branca, além da orquestra Calus Frevança e
bonecos gigantes. No final do trajeto, os grupos se espalharam pela praça Otto
Sailer, na parte central de Taquaritinga e permaneceram sob os olhares de
moradores e turistas, tocando suas loas e fazendo suas manobras com os bois, e
com o Mateus e Catirina. Após os bois, a população foi ao coreto da cidade e
assistiu a um encontro de bandas Filarmônicas, que juntou as tradicionais
Orquestra Dom Luiz e Orquestra de Orobó.
Finalizar o FPNC com as manifestações da nossa cultura popular
demonstra que a cada edição, o Festival de fato se firma como um momento de
democratização da cultura; quando grupos que dificilmente se apresentariam fora
da estação de um Carnaval, ou fora do circuito onde comumente costumam estar,
podem ser apreciados, entendidos, talvez até vistos pela primeira vez. Essa
troca, entre artista e público, é o que move a caravana do FPNC. (Por Assessoria
FUNDARPE / SECULT FOTOS: ASSIMP / PMTN)