Ontem (25), os prefeitos das cidades de Frei Miguelinho, Vertentes do Lério, Surubim, Vertentes, Toritama e Taquaritinga do Norte prestaram entrevista à rádio Farol FM no programa de Paulo Sobral. Entrevista essa que foi retransmitida pela Rádio Integração FM, de Surubim. Os prefeitos se manifestaram contra a redução da quota do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), que nesse mês de março teve uma redução de 19 % do esperado na segunda parcela. Os mesmos falaram das dificuldades que estão enfrentando com a redução. Dinheiro que se somado até o momento e comparado ao mesmo período do ano passado, já chega a 56% de redução. A queda nos repasses é sintoma da crise econômica que levou à redução do IPI (Imposto sobre produtos Industrializados) e do Imposto de renda.Os prefeitos explanaram as situações que os municípios passam, na dificuldade em pagar a folha de pagamento em dia, onde esse mês terá que usar das reservas que as cidades possuem, e se continuar como está não terão como conter as demissões de funcionários.
Segundo Evilásio Araújo, prefeito de Taquaritinga do Norte, foi de grande valia essa união dos prefeitos da região. “Temos que ir a luta de melhorias para nosso povo que nos elegeu e possuímos um compromisso com todos, não podemos ficar parados, se continuarmos assim com essa união teremos um futuro de sucesso, com muitas obras a serem realizadas em nossos municípios” completou.
Já o prefeito de Surubim, Flávio Nóbrega falou da preocupação do presidente Lula para com os municípios. “Tenho certeza que o presidente irá achar uma solução para nosso caso, pois se ele conseguiu tirar o país do FMI, diminuiu a pobreza do nosso país, conseguirá brevemente uma solução para nossos municípios”, destacou.
Para o prefeito de Toritama que é segunda cidade do nordeste que não tem desemprego, Flavio Lima, a situação não é diferente. “Também tivemos uma baixa na quota, e esse mês já houve a necessidade em usar da nossa reserva, se assim continuar não saberei o que fazer” afirmou.
Finalizando o debate os prefeitos disseram que vão esperar as medidas do governo federal e que se a crise continuar irão rumo a Brasília reivindicar melhorias para seus municípios que não podem sofrer por esse pacote de “bondade” do governo Lula com a redução dos impostos.