terça-feira, 21 de setembro de 2010

Centro de Cultura será reaberto em Taquaritinga do Norte


Próximo dia 23 de setembro (quinta feira) a partir das 19 horas a população nortetaquaritinguense festejará a reabertura do Centro de Cultura Arte e Ofícios Júlio Cazé. Totalmente reformado, o centro abrigará a Secretaria de Turismo Esportes Cultura e Desenvolvimento Econômico a Central de Informações ao Turista, e a Casa das Juventudes.

A Casa das Juventudes é uma parceria entre o poder Público Municipal e o Governo Estadual onde será disponibilizado um espaço voltado para jovens, objetivando proporcionar novas oportunidades através de políticas públicas de desenvolvimento.

A mesma conta com toda estrutura de um telecentro, (para realização de cursos e oficinas de inclusão digital), uma sala para representação da instância municipal de juventude e para o Conselho Municipal de Juventude, além de um ambiente multiuso (com exibições de cinema, realização de palestras e seminários, dentre outras atividades).

Mesmo antes de sua inauguração a Casa das Juventudes já ofertou uma oficina intitulada “A Arte da Grafitagem” para jovens entre 15 e 19 anos do município. Os mesmos realizaram a pintura da fachada do Centro de Cultura e Artes Júlio Casé, sendo o cartão de visitas do local.

“Vamos unir cultura, artes, central de informações e novas perspectivas para os jovens com a Casa das Juventudes em um único lugar, o que só vem somar para o desenvolvimento turístico e a valorização das políticas públicas na Terra das Dálias”, afirmou Magda Lucélia, Secretaria de Turismo.

Um pouco de Julio Cazé de Arruda

Júlio Cazé de Arruda nascido em 09 de junho de 1931 no Riacho Doce do Júlio município de Taquaritinga do Norte, filho de Sifrônio Cazé Arruda e Antônia Maria da Soledade. Sempre residindo no Riacho Doce era agricultor, respeitava muito a natureza e nas horas vagas se dedicava ao artesanato, esculpindo peças em madeira sem utilizar emendas sendo um método impressionante.

Para fazer suas peças utilizava apenas três ferramentas rudimentares. Muito perfeccionista se preocupava com cada detalhe de suas peças para nada sair errado. A matéria prima utilizada era a Umburana, o tamanho da madeira era que determinava a peça a ser lapidada.

Além de artesão, Júlio Cazé gostava de brincar com as palavras transformando-as em versos o que resultou em música na voz do cantor Joãozinho Aboiador. No ano de 2000 realizou um sonho que foi lançar seu livro de poesias intitulado de “A Minha Alma Poeta” onde expôs muitos de seus versos contando lembranças e peculiaridades de sua vida.

Cada uma de suas peças tem um nome e uma história sempre contada de uma forma poética e divertida. Peças como “Parece mais não é” “Namoro de Sanfoneiro”, “Beijo Proibido” encantam quem conhece e são guardadas com muito cuidado e preservação pelos familiares.

Faleceu em sua residência em 2006, com 75 anos de idade, deixando sua esposa Maria José de Lucena e seus dois filhos Conceição Lucena Cazé e Janduí Lucena Cazé, os quais guardam com muito amor todas suas peças e sempre se emocionam quando relembram a vida do grande poeta e artesão Julio Cazé.